A formação de cálculos na vesícula biliar, ou colelitíase, é um fenômeno complexo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Compreender o processo por trás dessa condição é fundamental para preveni-la e tratar seus sintomas de maneira eficaz. Neste artigo, vamos explorar em detalhes como essas pedras se desenvolvem na vesícula biliar.
Os Componentes dos Cálculos Biliares
Colesterol: A maioria dos cálculos biliares é composta principalmente de colesterol. Essa substância é produzida pelo fígado e normalmente é solúvel na bile. No entanto, quando há um desequilíbrio nos níveis de colesterol ou na composição da bile, ele pode se acumular e formar cristais.
Bilirrubina: Em alguns casos, os cálculos podem ser formados principalmente por bilirrubina, um pigmento produzido durante a quebra das células vermelhas do sangue. Isso pode ocorrer quando há um excesso de produção de bilirrubina ou quando o fígado tem dificuldades em processá-la.
O Papel da Bile na Formação de Cálculos
A bile é um líquido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar. Ela desempenha um papel crucial na digestão, especialmente na emulsificação de gorduras. A bile é composta de água, sais biliares, colesterol, bilirrubina e outras substâncias.
O processo de formação de cálculos na vesícula biliar envolve os seguintes passos:
Supersaturação da Bile: Isso ocorre quando a concentração de colesterol ou bilirrubina na bile atinge um nível além do que a bile pode dissolver. Essa condição de supersaturação é o ponto de partida para a formação dos cálculos.
Formação de Cristais: Com a bile supersaturada, o colesterol ou a bilirrubina começam a se cristalizar. Esses cristais são os precursores dos cálculos.
Aglomeração e Crescimento: Ao longo do tempo, os cristais de colesterol ou bilirrubina podem se aglomerar e crescer, formando pedras maiores.
Possível Obstrução: Se as pedras crescem a ponto de obstruir os ductos biliares, isso pode levar a sintomas dolorosos e complicações adicionais.
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver cálculos na vesícula biliar, incluindo obesidade, dieta rica em gordura, gravidez e histórico familiar da condição. No entanto, a adoção de uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em gordura, juntamente com a manutenção de um peso saudável, pode ajudar a prevenir a formação de cálculos.
Conclusão
A formação de cálculos na vesícula biliar é um processo complexo influenciado por vários fatores. Compreender os componentes dos cálculos e os mecanismos envolvidos é essencial para a prevenção e o tratamento eficaz dessa condição. Ao adotar um estilo de vida saudável e buscar orientação médica quando necessário, é possível mitigar os riscos associados à colelitíase. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde para um diagnóstico e tratamento adequados.
A colelitíase, popularmente conhecida como pedra na vesícula, é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essa condição ocorre quando cristais de colesterol ou bilirrubina se acumulam na vesícula biliar, formando pedras. Neste artigo, exploraremos o quadro clínico da colelitíase, abordando os sintomas característicos, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.
Sintomas da Colelitíase
Dor Abdominal: A dor é um dos sintomas mais proeminentes da colelitíase. Geralmente é sentida na região superior direita do abdômen e pode irradiar para as costas e o ombro direito. A dor pode ser aguda e intermitente, muitas vezes ocorrendo após refeições ricas em gordura.
Náuseas e Vômitos: Pacientes com colelitíase podem experimentar episódios de náuseas e vômitos, especialmente após a ingestão de alimentos gordurosos.
Indigestão e Gases: Distúrbios digestivos, como indigestão, sensação de inchaço e excesso de gases, são comuns em pessoas com pedras na vesícula.
Icterícia: Em casos mais graves, as pedras na vesícula podem obstruir os ductos biliares, resultando em icterícia. Isso se manifesta como a coloração amarelada da pele e dos olhos.
Sintomas Atípicos: Em alguns casos, a colelitíase pode se apresentar de forma atípica, com sintomas como dor no peito, ombro esquerdo ou epigástrio.
Diagnóstico da Colelitíase
Exame Físico: O médico realizará um exame físico, enfocando na área abdominal e na região onde a vesícula biliar está localizada.
Ultrassonografia Abdominal: Este é o método de imagem mais comum para diagnosticar a colelitíase. Permite visualizar as pedras na vesícula biliar.
Tomografia Computadorizada (TC): Em casos mais complexos, a TC pode ser utilizada para fornecer uma imagem mais detalhada do sistema biliar.
Colecistografia Oral: Este é um exame de raio-X que envolve a ingestão de um contraste oral para visualizar a vesícula biliar.
Exames de Sangue: Testes de função hepática e enzimas pancreáticas podem ser realizados para avaliar a saúde do sistema digestivo.
Tratamento da Colelitíase
Dieta e Estilo de Vida: Em casos leves, a modificação da dieta, evitando alimentos gordurosos, e a adoção de um estilo de vida saudável podem ajudar a controlar os sintomas.
Colecistectomia: Este é o tratamento mais comum para a colelitíase. Envolve a remoção da vesícula biliar, e pode ser realizada por laparoscopia ou cirurgia aberta.
Litotripsia: Em alguns casos, pedras pequenas podem ser quebradas por ondas de choque direcionadas à área da vesícula.
Medicamentos: Em situações específicas, medicamentos podem ser prescritos para dissolver as pedras, embora esse método seja menos comum.
Conclusão
A colelitíase é uma condição que pode causar desconforto significativo e afetar a qualidade de vida. É essencial reconhecer os sintomas e buscar avaliação médica para um diagnóstico preciso. O tratamento varia de acordo com a gravidade do caso, mas a remoção da vesícula biliar (colecistectomia) é a abordagem mais comum e eficaz. Sempre consulte um profissional de saúde para orientação e tratamento adequado.
A icterícia é um sintoma comum que se manifesta como a coloração amarelada da pele, mucosas e olhos devido ao acúmulo de bilirrubina no organismo. Essa condição pode ser um sinal de diversos problemas de saúde, desde condições benignas até doenças mais graves. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e opções de tratamento para a icterícia.
Causas da Icterícia
A icterícia ocorre quando há um acúmulo de bilirrubina no organismo. A bilirrubina é um pigmento amarelado produzido durante a quebra natural dos glóbulos vermelhos no fígado. As causas da icterícia podem ser divididas em três principais categorias:
Icterícia Pré-Hepática: Acontece quando há um aumento na produção de bilirrubina ou uma redução na capacidade do fígado de processá-la. Pode ser causada por condições como anemia hemolítica ou doenças hereditárias que afetam a metabolização da bilirrubina.
Icterícia Hepática: Resulta de danos ou disfunção no fígado, interferindo na sua capacidade de processar a bilirrubina. Causas comuns incluem hepatite, cirrose e intoxicação por substâncias.
Icterícia Pós-Hepática ou Obstrutiva: Ocorre quando há uma obstrução no sistema biliar, impedindo a passagem da bile e, consequentemente, da bilirrubina. Cálculos na vesícula biliar, tumores ou inflamações dos ductos biliares podem causar essa forma de icterícia.
Sintomas da Icterícia
Além da coloração amarelada da pele, mucosas e olhos, outros sintomas podem estar associados à icterícia, dependendo da causa subjacente:
Urina Escura: A bilirrubina em excesso pode ser excretada pelos rins, resultando em uma urina mais escura que o normal.
Fezes de Cor Clara: Quando a bile não consegue chegar ao intestino, as fezes podem adquirir uma coloração mais clara.
Fadiga e Fraqueza: Podem ser sintomas de uma condição subjacente que está causando a icterícia.
Dor Abdominal: Em casos de obstrução biliar, a dor abdominal pode ser um sintoma presente.
Tratamento da Icterícia
O tratamento da icterícia depende da causa subjacente:
Icterícia Pré-Hepática: O tratamento visa resolver a condição que está aumentando a produção de bilirrubina, como o tratamento da anemia hemolítica.
Icterícia Hepática: O foco é tratar a condição hepática subjacente, seja ela hepatite, cirrose ou outra doença do fígado.
Icterícia Obstrutiva: O tratamento envolve a remoção da obstrução, que pode incluir a extração de cálculos biliares, cirurgia para remover tumores ou procedimentos para desobstruir os ductos biliares.
Conclusão
A icterícia é um sintoma importante que pode indicar uma série de condições de saúde. É crucial procurar atendimento médico se você ou alguém que você conhece estiver apresentando icterícia. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para lidar com as causas subjacentes e garantir uma recuperação bem-sucedida.
A pancreatite aguda biliar é uma condição séria que ocorre quando a bile não consegue fluir adequadamente e acaba afetando o pâncreas. Isso pode resultar em uma inflamação aguda e dolorosa, exigindo atenção médica imediata. Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e opções de tratamento para a pancreatite aguda biliar.
Causas da Pancreatite Aguda Biliar
A pancreatite aguda biliar é desencadeada por uma obstrução na passagem da bile, o que pode ser causado por:
Cálculos Biliares: São depósitos endurecidos que se formam na vesícula biliar. Quando um cálculo biliar bloqueia o ducto biliar comum, a bile não consegue fluir normalmente, afetando o pâncreas.
Refluxo de Bile: Em alguns casos, a bile pode voltar para o ducto pancreático, levando à inflamação.
Sintomas da Pancreatite Aguda Biliar
Os sintomas da pancreatite aguda biliar podem variar em intensidade, mas geralmente incluem:
Dor Abdominal Súbita e Severa: Geralmente começa na região superior do abdômen e pode irradiar para as costas.
Náuseas e Vômitos: Podem ocorrer devido à inflamação pancreática.
Febre e Calafrios: Em casos mais graves, a febre pode estar presente.
Icterícia: A pele e os olhos podem adquirir uma coloração amarelada devido à obstrução da bile.
Tensão Abdominal: O abdômen pode estar sensível ao toque e com rigidez.
Tratamento da Pancreatite Aguda Biliar
O tratamento da pancreatite aguda biliar é essencialmente uma abordagem multidisciplinar e pode incluir:
Internação Hospitalar: Pacientes com pancreatite aguda biliar muitas vezes requerem hospitalização para monitoramento e tratamento adequado.
Jejum e Hidratação Intravenosa: Inicialmente, os pacientes podem ser orientados a não se alimentar para permitir que o pâncreas descanse. A hidratação intravenosa é essencial para manter o equilíbrio de fluidos.
Medicamentos para a Dor e Controle dos Sintomas: Analgésicos e medicamentos para alívio da náusea podem ser administrados para ajudar a controlar os sintomas.
Colecistectomia: Após a estabilização do paciente, a remoção da vesícula biliar (colecistectomia) pode ser recomendada para prevenir recorrências.
Drenagem da Bile: Em casos graves de obstrução, pode ser necessária a drenagem da bile para restaurar o fluxo normal.
Dieta Específica: Após a fase aguda, uma dieta controlada pode ser introduzida gradualmente.
Conclusão
A pancreatite aguda biliar é uma condição grave que requer cuidados médicos imediatos. Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes se recupera bem. No entanto, é importante ressaltar que a prevenção é crucial, e a remoção dos cálculos biliares e, em alguns casos, a vesícula biliar, pode ser necessária para evitar recorrências. Se você suspeita de pancreatite aguda biliar, é fundamental procurar atendimento médico sem demora.
Os cálculos na vesícula, também conhecidos como pedras na vesícula biliar, são uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em pacientes diabéticos, essa condição pode apresentar particularidades e desafios adicionais. Neste artigo, vamos explorar a relação entre o diabetes e os cálculos na vesícula, bem como os cuidados especiais que devem ser considerados.
A Relação Entre Diabetes e Cálculos na Vesícula
Pacientes diabéticos têm um risco aumentado de desenvolver cálculos na vesícula em comparação com a população em geral. Vários fatores contribuem para essa associação:
Metabolismo Lipídico Alterado: Pessoas com diabetes frequentemente apresentam alterações no metabolismo dos lipídios, o que pode resultar em um desequilíbrio na composição da bile, predispondo à formação de cálculos.
Obesidade: O diabetes tipo 2 está frequentemente associado à obesidade, outro fator de risco para o desenvolvimento de cálculos na vesícula.
Resistência à Insulina: A resistência à insulina, característica do diabetes tipo 2, pode estar envolvida na formação de cálculos biliares.
Estase Biliar: A motilidade reduzida da vesícula biliar, que pode ocorrer em pacientes diabéticos, pode levar à estase biliar, facilitando a formação de cálculos.
Cuidados Especiais para Pacientes Diabéticos com Cálculos na Vesícula
Controle Glicêmico Adequado: Manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa alvo é essencial para minimizar os riscos associados aos cálculos na vesícula em pacientes diabéticos. O acompanhamento médico regular e a adesão ao plano de tratamento são fundamentais.
Dieta Balanceada: Uma dieta equilibrada, rica em fibras, grãos integrais, frutas e vegetais, e pobre em gorduras saturadas, pode ajudar a prevenir a formação de cálculos na vesícula. Além disso, a moderação no consumo de alimentos ricos em colesterol é aconselhável.
Atividade Física Regular: A prática regular de atividade física não apenas auxilia no controle do peso, mas também pode promover a saúde do sistema digestivo, contribuindo para a prevenção de cálculos na vesícula.
Monitoramento e Acompanhamento Médico: Pacientes diabéticos devem ter um acompanhamento médico regular para avaliar a saúde da vesícula biliar. Exames de imagem e exames de sangue específicos podem ser realizados para monitorar a presença e a evolução dos cálculos.
Indicações de Cirurgia para Cálculos na Vesícula em Pacientes Diabéticos:
Sintomas Persistentes e Complicações: Quando os cálculos na vesícula causam sintomas persistentes, como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, ou complicações como inflamação aguda (colecistite) ou pancreatite biliar, a cirurgia é frequentemente necessária.
Cálculos Grandes ou Múltiplos: Cálculos grandes ou a presença de múltiplos cálculos na vesícula biliar aumentam o risco de complicações e são indicações para a remoção cirúrgica.
Diabetes Descontrolado: Em pacientes diabéticos cujo controle glicêmico é desafiador devido à presença de cálculos na vesícula, a cirurgia pode ser considerada para melhorar o manejo da doença.
Complicações Associadas ao Diabetes: Se o paciente diabético desenvolver complicações associadas ao diabetes, como neuropatia autonômica, que podem interferir na saúde da vesícula, a cirurgia pode ser indicada.
Câncer Suspeito ou Confirmado: Se houver suspeita ou confirmação de câncer na vesícula biliar, a cirurgia é essencial para a remoção do tumor e, em alguns casos, de tecidos circundantes.
Recorrência de Sintomas Após Tratamento Conservador: Pacientes que, mesmo após tentativas de tratamento conservador, continuam a apresentar sintomas relacionados aos cálculos na vesícula, podem necessitar de cirurgia.
Estase Biliar Grave ou Coledocolitíase: Quando há estase biliar significativa ou a presença de cálculos no ducto colédoco (coledocolitíase), a cirurgia pode ser a melhor opção para evitar complicações mais graves.
Intolerância a Medicamentos Dissolventes de Cálculos: Em alguns casos, pacientes podem ser intolerantes a medicamentos que visam dissolver cálculos biliares. Nesses casos, a cirurgia pode ser a única opção viável.
Preferência do Paciente: Em situações em que o paciente expressa uma preferência por uma solução definitiva, a cirurgia pode ser recomendada.
Lembrando sempre que a decisão de realizar a cirurgia deve ser feita em conjunto com o paciente, considerando sua condição clínica geral e preferências individuais. Além disso, a avaliação e orientação de um profissional de saúde são cruciais para determinar a melhor abordagem cirúrgica e garantir o cuidado adequado ao paciente diabético com cálculos na vesícula.
Conclusão
A relação entre diabetes e cálculos na vesícula é um aspecto importante a ser considerado na gestão da saúde de pacientes diabéticos. Com o controle glicêmico adequado, uma dieta equilibrada, atividade física regular e o acompanhamento médico, é possível minimizar os riscos e manter a saúde da vesícula em pacientes com diabetes. Lembrando sempre que a orientação e supervisão de um profissional de saúde são fundamentais para o cuidado individualizado.
Espectro da doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA)
A DHGNA engloba um espectro de alterações no tecido hepático que vai desde simples deposição de gordura ao câncer. Mas para dizer que o insulto principal é pela gordura, é necessário excluir outras causas de lesão do fígado, tais como o consumo excessivo de álcool, as infecções (principalmente as hepatites virais) e a autoimunidade.
No espectro da DHGNA, temos:
Esteatose hepática simples – estágio inicial quando há apenas deposição de gordura nas células hepáticas. O fígado está gorduroso, mas não está com sinais de inflamação ou fibrose.
Estato-hepatite não-alcoólica, também conhecida por NASH (do inglês – Nonalcoholic Steatohepatitis) – há depósito de gordura (esteatose) em mais de 5% do tecido hepático associado a outros achados patológicos nos hepatócitos (células hepáticas), como a degeneração em balão (ou balonamento hepatocelular) e o infiltrado inflamatório.
Cirrose – há fibrose intensa e difusa com desenvolvimento de nódulos de hepatócitos;
Hepatocarcinoma – crescimento desordenado das células hepáticas decorrente de mutações genéticas. A cirrose é um fator de risco para o hepatocarcionoma.
Hoje, nós sabemos que a gordura no fígado não é tão benigna assim. De poucas décadas para cá, descobrimos que a esteatose é um grande risco para a saúde: pode evoluir para cirrose, necessidade de transplante e até câncer hepático, além de ser um fator de risco para doença cardiovascular.
A DHGNA pode evoluir para cirrose e câncer
Didaticamente, fala-se que a DHGNA é a doença dos 25% – conforme esquematizado na figura 1 – pois dados estatísticos dos Estados Unidos (1) indicam que:
Cerca de 25% de todos os indivíduos adultos têm gordura no fígado (esteatose);
Dos pacientes com esteatose, 25% desenvolvem esteato-hepatite (NASH);
Dos pacientes que desenvolvem esteato-hepatite, 25% evoluem para cirrose;
Finalmente, dos pacientes com cirrose uma porcentagem desconhecida evolui para câncer hepático.
Cerca de 80% dos pacientes com estato-hepatite têm sobrepeso ou obesidade, 72% deles têm dislipidemia e 44% receberam o diagnóstico de diabetes tipo 2. Portanto “a gordura no fígado seria o correspondente hepático da síndrome metabólica“. Esse fenômeno pode ser explicado pela lipotoxicidade causada pelo “transbordamento da gordura” para esse órgão. Na América do Sul, estima-se que a doença gordurosa não-alcoólica do fígado afete 30% da população. Em vários países, ela já ganhou o primeiro lugar na indicação de transplantes de fígado em mulheres e espera-se que ultrapasse a cirrose hepática alcoólica em homens.
Como a doença hepática gordurosa é diagnosticada?
Médicos generalistas e nós, GASTROENTEROLOGISTAS, fazemos uma avaliação inicial do acometimento hepático como parte do rastreamento de complicações do sobrepeso e obesidade. Nos casos mais graves de gordura no fígado ou quando há alguma dúvida quanto diagnóstico e tratamento, o médico HEPATOLOGISTA deve ser incluído na avaliação e tratamento. Consideramos a história clínica, sinais e sintomas e solicitamos exames complementares.
Tratamento da doença hepática gordurosa não-alcóolica
Ainda não existem tratamentos medicamentosos eficazes para eliminar o acúmulo de gordura no fígado e suas consequências. A vitamina E e a pioglitazona são medicações que mostraram benefício para pacientes com esteatose hepática em estudos desenhados primariamente para outras finalidades, mas ainda não existe uma recomendação universal para utilização desses compostos na DHGNA. Existe alguma evidência que a dieta mediterrânea seja benéfica para pacientes com DHGNA. Além disso, aconselha-se limitar o consumo de bebidas ricas em frutose e beber duas doses de café (cafeinado) por dia. O consumo de álcool deve ser cessado ou muito limitado (<1 dose para mulheres e < 2 doses para homens) para não danificar mais ainda o fígado.
Perder peso é necessário!
Mesmo após 30 anos da descrição desta entidade clínica, o tratamento mais eficaz para a esteato-hepatite não-alcoólica é a mudança de estilo de vida, leia-se dieta e atividade física com o objetivo de perda de peso. Para pacientes com sobrepeso ou obesidade, a restrição calórica mostrou ser a medida mais eficaz no tratamento da doença gordurosa hepática não-alcoólica. A atividade física diminui a quantidade de gordura no fígado independentemente da quantidade de peso perdida. O objetivo do tratamento é que a perda de peso seja, pelo menos, de 7 a 10% do peso original. Nessas porcentagens, já se verifica regressão parcial ou total do depósito de gordura nas células hepáticas. Perda de peso superior a 10% foi relacionada até a quadro de regressão da fibrose em estudos com biópsia hepática. Nos casos de falha do tratamento não medicamentoso para perda de peso, deve-se considerar o uso de medicações antiobesidade e ainda a indicação de cirurgia bariátrica. Por fim, não podemos esquecer que, na maioria das vezes, a DGHNA é uma comorbidade do sobrepeso e obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemia. Em conjunto, essas doenças aumentam muito o risco de doença cardiovascular. Sempre devemos lembrar de associar o tratamento específico de todas as comorbidades já citadas através da mudança de estilo de vida e medicações quando devidamente indicadas.
Referências
DIEHL, A. M.; DAY, C. Cause, Pathogenesis, and Treatment of Nonalcoholic Steatohepatitis. N Engl J Med, 377, n. 21, p. 2063-2072, 11 2017.doi: 10.1056/NEJMra1503519
SHEKA, A. C.; ADEYI, O.; THOMPSON, J.; HAMEED, B. et al. Nonalcoholic Steatohepatitis: A Review. JAMA, 323, n. 12, p. 1175-1183, 03 2020. doi: 10.1001/jama.2020.2298
Hepatite Medicamentosa O que são? As hepatites tóxicas e medicamentosas consistem numa reação inflamatória do fígado, desencadeada pela ingestão de certos tóxicos ou de fármacos diversos.
Qual é a frequência? As hepatites tóxicas relacionam-se quase sempre com a exposição a produtos nocivos, como solventes e diluentes, muitas vezes relacionados com o trabalho do doente. Praticamente todos os fármacos podem provocar reacções hepáticas, dependendo quer do próprio medicamento, quer das características do indivíduo, pelo que as hepatites medicamentosas são frequentes.
Quais são as causas? Estas hepatites podem ser provocadas por dois mecanismos: toxicidade ou idiossincrasia. No primeiro caso, o produto ingerido lesa directamente as células hepáticas, pelo que qualquer indivíduo exposto contrai hepatite, de maior ou menos gravidade consoante a dose ingerida (é o caso de alguns solventes, como o tetracloreto de carbono e de medicamentos como o paracetamol, quando tomado em doses excessivas). Na idiossincrasia a lesão depende do próprio indivíduo, só acontecendo em pessoas susceptíveis e não depende da quantidade de medicamento tomada (é o caso da maioria das hepatites medicamentosas). Por vezes a idiossincrasia traduz-se por hipersensibilidade (reacção de tipo alérgico), podendo a hepatite acompanhar-se doutras manifestações, por exemplo cutâneas.
Como prevenir? Deve evitar-se a exposição a produtos tóxicos, designadamente em ambiente industrial, utilizando cuidados e protecções adequadas. Mas o mais importante é evitar tomar medicamentos desnecessariamente ou por automedicação. Neste caso incluem-se os produtos da “Medicina Natural”, que muitos consideram erradamente inócuos, mas que são cada vez mais frequentemente implicados em lesões hepáticas por vezes graves.
Como se manifesta? Podem ser assintomáticas, o que acontece na maioria dos casos. Havendo sintomas, são semelhantes aos das hepatites por vírus: mal estar, náuseas, vómitos, febre, icterícia.
Qual o percurso da doença? A maioria dos casos cura espontaneamente desde que se suspenda o medicamento ou tóxico envolvidos. A resolução pode demorar apenas alguns dias ou até várias semanas. Mais raramente e apenas com alguns produtos, pode haver evolução crónica, até mesmo para cirrose hepática. É importante saber que a re-exposição ao mesmo medicamento ou tóxico causará nova hepatite.
Como se diagnostica? Não há testes específicos para o diagnóstico que assenta na história clínica e no perfil tempo real da evolução da doença, surgindo após a exposição e desaparecendo com a suspensão do agente agressor. A biopsia hepática pode ser um auxiliar importante na diferenciação com outras causas de hepatite. Os sintomas são praticamente os mesmos em todos os tipos de outros tipos de hepatites:
Mal-estar geral, Cansaço, Sintomas semelhantes à gripe, Icterícia (cor amarelada nos olhos e/ou na pele), Eliminação de urina escura (como chá preto), Dor na região logo abaixo das costelas do lado direito do abdômen e náusea ou vômitos.
A icterícia (amarelão), porém, só aparece em 50% dos casos. Muitas vezes, a pessoa desenvolve a doença mas não fica sintomático (casos subclínicos).
Qual é o tratamento? O tratamento consiste na suspensão do medicamento ou no evitar do tóxico. Nalguns casos pode ser necessário recorrer a antídoto. Em todos os casos deve recorrer-se ao médico.
Qual o prognóstico? Geralmente curam, alguns casos (raros) são rapidamente fatais, outros (pouco freqüentes) evoluem para a cronicidade – CIRROSE HEPÁTICA.
HEPATITE MEDICAMENTOSA FULMINANTE
É uma complicação incomum, pode ocorrer tanto nas hepatite virais, alcóolicas e também em virtude da automedicação. Os pacientes apresentam geralmente icterícia progressiva, podendo até apresentar problemas no cérebro (encefalopatia hepática). O fígado sofre intensa necrose, que é irreversível. Em geral, a taxa de mortalidade é bem alta, em torno de 90 a 100% dos casos, a necessidade de TRANSPLANTE HEPÁTICO é absoluta.
O tratamento envolve a admissão ao hospital numa unidade de Terapia intensiva. Todos os medicamentos que podem contribuir para hepatotoxicidade devem ser descontinuados imediatamente. O tratamento clínico é primariamente de suporte. Pacientes que desenvolvem insuficiência hepática fulminante requerem tratamento de suporte intensivo e das complicações agudas, incluindo a encefalopatia, coagulopatia, distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos, insuficiência renal, sepsis e edema cerebral.
A assistência médica especializada ocorrerá através de uma nutrição adequada, otimização dos balanços hídricos do paciente, ventilação mecânica e monitorização da pressão intracraniana (nos casos de encefalopatia severa), remover a causa subjacente (tal como as intoxicações por drogas exógenas e/ou envenenamento pelo paracetamol ou outras medicações. A diálise pode ser necessária nos casos de falência renal ou intoxicações por drogas. As taxas de mortalidade são altas, geralmente em torno de 80%, sem o transplante.
Atualmente a combinação da sustentabilidade na unidade de terapia intensiva multidisciplinar associado ao transplante hepático vem melhorando cada vez mais a sobrevida pós-operatória (acima de 65%). Sendo utilizados diferentes escores de gravidade para avaliar o dano da função hepática são utilizados para preconizar ou não o transplante. Estes incluem critérios do Hospital King”s College,a mensuração do MELD (modelo de doença hepática terminal), o APACHE II e os critérios de Clichy.
O fígado é considerado o segundo maior órgão do corpo humano, constituído por milhões de células, chamadas de hepatócitos, responsáveis por produzir substâncias importantes para o equilíbrio do organismo. Suas principais funções são: armazenamento e liberação de glicose, metabolismo dos lipídeos, metabolismo das proteínas, síntese da maioria das proteínas do plasma, processamento de drogas e hormônios, destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias, emulsificação da gordura durante o processo de digestão através da secreção da bile, entre outras.
O órgão está localizado ao lado direito do abdômen e, apesar de ter uma ótima capacidade de recuperação, algumas doenças podem provocar insuficiência hepática, levando o paciente ao óbito. Nestes casos, pode ser necessária a indicação médica para um transplante de fígado.
Quando se iniciou o processo de transplante?
Em 1963, foi realizado o primeiro transplante de fígado nos Estados Unidos. Na cidade de Denver, o doutor Thomas Starzl realizou a operação numa criança de três anos, que morreu durante o procedimento cirúrgico. Ainda no mesmo ano, este médico realizou outros dois transplantes de fígado, mas os pacientes acabaram vivendo pouco tempo. Em 1967, o doutor Thomas Starzl repetiu o mesmo tipo de cirurgia de transplante de fígado, e conseguiu que o paciente sobrevivesse por um período mais longo. No entanto, o receptor morreu por conta das metástases de um câncer anterior ao transplante.
Quando o transplante de fígado deve ser indicado?
A principal causa é a cirrose hepática, caracterizada pelo dano irreversível das células hepáticas. Esta doença ocorre quando a anatomia normal do fígado é substituída por tecido de cicatrização, o que deteriora a função hepática. Hepatites B e C, hepatite autoimune, álcool, cirrose biliar primária, colangite esclerosante e cirrose biliar secundária são algumas das condições que podem causar a cirrose hepática no ser humano e, consequentemente, levar à um transplante do órgão.
Qual é o perfil do melhor doador cadáver?
O doador ideal costuma ser um jovem sadio, que foi atendido imediatamente depois do ocorrido, e que ainda não teve a deterioração de órgãos vitais, como fígado, rins e coração. Já o doador não ideal é aquele mais idoso, que teve um tempo mais prolongado de permanência na UTI, indicando a necessidade do uso de substâncias vasoativas para mantê-lo hemodinamicamente estável. Neste caso, a recuperação do órgão doado pode ser de maior risco ao paciente, além de ser mais lenta.
Como é o transplante de fígado com doador cadáver?
Primeiramente, é necessário que a família do doador autorize a utilização do órgão. E esta é uma atitude muito importante, porque a fila de transplante é grande. Um exemplo disso é que, quase a metade dos pacientes que precisam de um transplante de fígado no Estado de São Paulo, acabam falecendo antes de conseguir um doador. Na verdade, o ideal é que as pessoas, ainda em vida, manifestem às suas famílias a vontade de doar os órgãos após falecimento. Esse é um ato muito importante, e que pode ajudar a salvar muitas vidas. Após essa etapa, uma equipe especializada retira o fígado inteiro, e preserva em soluções especiais, e em baixa temperatura, para ser transportado para o hospital onde haverá o transplante.
A cirurgia do receptor envolve três principais etapas:
1. Fase da Hepatectomia total – momento em que é realizada a cirurgia para retirada do fígado doente do paciente. Esta fase está relacionada com um risco maior de sangramentos;
2. Fase anepática – período após a hepatectomia em que o paciente fica sem o fígado, que na realidade, demanda atenção, pois o fígado é um órgão vital;
3. Fase de Implante do fígado doado – envolve suturas nas principais vias sanguíneas que passam pelo fígado (veia cava, veia porta e artéria hepática) e o restabelecimento do fluxo da bile, que é produzida no fígado e lançada no duodeno (parte do intestino). Esse procedimento é bastante complexo e dura, em média, de seis a oito horas. Antes do implante do órgão, uma importante etapa é a de preparo do órgão, chamada back-table, com o objetivo de realizar o preparo, e adequar o calibre e o tamanho do órgão e dos vasos.
Como é a recuperação pós-operatório?
A cirurgia dependerá das condições do paciente transplantado, e também da qualidade do órgão doado. Na verdade, se o receptor estiver em situações favoráveis, pode suportar melhor a operação. Se o fígado é advindo de um doador ideal, a recuperação, consequentemente, é mais rápida. Entretanto, se o órgão for de um doador considerado não ideal, ou até mesmo o receptor já havia sido operado anteriormente, ou sua doença estava em estágio mais avançado, a recuperação pode ser mais complicada e demorada. Após a cirurgia de transplante de fígado, é possível que o paciente fique de um a dois dias em uma unidade de terapia intensiva, caso não haja alguma complicação, e depois já pode começar a se alimentar. Em geral, o tempo de internação pode variar de uma a duas semanas, podendo se estender dependendo de cada caso. Além do cuidado com o transplante, o tratamento do paciente deve ser voltado para a doença que ocasionou a lesão do órgão. Isso porque, em parte dos portadores de cirrose, a doença pode evoluir para câncer de fígado enquanto aguarda a cirurgia. Esse desenvolvimento precisa de mais cuidados, e aumenta o risco depois da operação. Quando o caso é de hepatites B ou C, é preciso tomar as medidas necessárias também, para que o problema não retorne, principalmente da hepatite C, algo que é mundialmente conhecido.
Há riscos para o receptor?
Como qualquer procedimento, o transplante de fígado está contemplado com riscos. Primeiramente, o receptor tem riscos relacionados à cirurgia propriamente dita, como sangramento e problemas na via biliar, ou relacionados com o grau de sua doença de base, ou seja, quanto mais grave, mais riscos existem para o paciente. A ideia é oferecer o tratamento ideal no melhor momento do paciente. Após o período inicial, os outro problemas estão relacionados com a piora da função renal, como infecção, problemas biliares e a rejeição do fígado, que ocorre quando o nível terapêutico da medicação não está adequado. No entanto, há sempre a possibilidade do fígado, assim como qualquer órgão, não funcionar após a operação. Quando essa situação acontece, o paciente volta para a lista de espera, e é priorizado para receber um novo órgão urgentemente.
Como funciona o processo de doação de fígado?
O paciente que necessita da doação de transplante de fígado, é inscrito em uma lista única de espera da Secretaria de Estado da Saúde, no caso, do Estado do Maranhão, de acordo com a compatibilidade sanguínea. O critério é baseado na gravidade da doença, chamado de MELD (Model for End-Stage Liver Disease). O índice corresponde a um valor que varia de 6 a 40, mostrando a urgência do caso de cada paciente. Semelhante ao MELD, crianças e adolescentes com menos de 18 anos, são listados respeitando o sistema PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease). Em casos urgentes, como hepatite fulminante, retransplante, e trombose da artéria hepática, existe prioridade na lista de espera do transplante de fígado.
👩⚕️🤝 Preparando-se para uma Consulta Médica: 8 Dicas Importantes!
Ir ao médico não é uma tarefa corriqueira. Muitas pessoas, infelizmente, não se programam ao agendar uma consulta médica e, por isso, muitas vezes ela não rende ou não é satisfatória. É preciso evitar esse tipo de situação, justamente para garantir um bom diagnóstico e começar o tratamento adequado. Mas como conseguir isso? Com algumas mudanças de atitudes, é possível facilitar a vida do paciente e otimizar o resultado da avaliação médica. Levar os exames anteriormente realizados, convidar um acompanhante e relatar tudo ao médico são alguns exemplos disso. Mas não para por aí. Quer saber mais? Acompanhe este texto e conheça 8 dicas de como se organizar antes de ir a uma consulta médica! 🌐💡
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Leve os exames já realizados 📋 Muitas doenças são diagnosticadas não por conta dos sintomas atuais. Há situações em que o histórico de saúde evidencia o comportamento de determinada doença. Levar exames já realizados ajuda o médico a se nutrir de informações passadas e evita exames desnecessários.
Faça uma lista dos medicamentos que você faz uso 💊 Detalhar a relação de remédios que você faz uso é fundamental. Isso auxilia o médico a identificar possíveis erros, a suspender ou adicionar novos medicamentos. Também tenha anotado a dosagem de cada um deles. Faça uma lista com essas informações e apresente ao seu médico.
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Informe ao médico o histórico de doenças da família 🧬 Muitas doenças são hereditárias, e o histórico familiar é essencial. Informe sobre as doenças que acometeram a sua família, verificando o quadro de saúde de cada um dos familiares.
Leve os seus diagnósticos anteriores 📊 Informe ao médico sobre diagnósticos anteriores e especialidades que já consultou. Relate sintomas que você teve nos últimos anos, contribuindo para um diagnóstico mais preciso.
Vá à consulta médica com roupas confortáveis 👗 Roupas inadequadas podem alterar procedimentos como a aferição de pressão. Vista-se confortavelmente para facilitar exames clínicos e garantir resultados precisos.
Convide alguém para ir com você à consulta médica 🤝 Levar um acompanhante pode ajudar a reduzir a ansiedade. Evite ter mais de um acompanhante para não atrapalhar a consulta. Importante para pacientes idosos e menores de idade.
Não esconda nada de seu médico 🤐 Relate todos os sintomas, mesmo os aparentemente menores. Esconder informações pode dificultar o diagnóstico.
Não agende a consulta em cima da hora 🕒 Agende a consulta com antecedência para evitar estresse e atrasos. Chegue pelo menos 10 minutos antes do horário marcado.
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Lembre-se: A informação aqui fornecida é para orientação geral. Sempre consulte seu médico para aconselhamento específico sobre sua situação.
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