Intoxicação por Metanol

Intoxicação por Metanol

Efeitos Sistêmicos e Riscos à Saúde

A intoxicação acidental por metanol é uma emergência médica grave, frequentemente associada a surtos de consumo de bebidas adulteradas ou acidentes industriais. Diferente do etanol, usado em bebidas alcoólicas, o metanol (álcool metílico) é altamente tóxico, mesmo em pequenas quantidades, podendo levar à cegueira irreversível e até à morte se não tratado rapidamente.


Como o metanol age no organismo?

Após ingerido, o metanol é metabolizado pelo fígado em duas substâncias altamente tóxicas: o formaldeído e o ácido fórmico. Esses metabólitos são responsáveis pelos danos sistêmicos, causando desde alterações neurológicas até falência de órgãos. O tempo entre a ingestão e os primeiros sintomas pode variar, mas costuma ser de 12 a 24 horas, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico.


Principais efeitos sistêmicos da intoxicação

🧠 Sistema Nervoso Central

  • Depressão do sistema nervoso central (sonolência, tontura, coma).
  • Encefalopatia metabólica causada pelo acúmulo de ácido fórmico.
  • Comprometimento da visão devido à neuropatia óptica tóxica, que pode evoluir para cegueira irreversível.

👀 Sistema Visual

  • Visão borrada, escotomas (manchas no campo visual), dificuldade de distinguir cores.
  • Nos casos graves, ocorre atrofia do nervo óptico.

💓 Sistema Cardiovascular

  • Alterações graves da coagulação e do equilíbrio ácido-base.
  • Arritmias e choque circulatório decorrentes da acidose metabólica profunda.

🫁 Sistema Respiratório

  • Hiperventilação (respiração de Kussmaul) como tentativa do corpo de compensar a acidose.
  • Em casos críticos, insuficiência respiratória.

🧪 Alterações Metabólicas

  • Acidose metabólica com ânion gap elevado, principal marcador da intoxicação grave.
  • Alterações eletrolíticas que agravam o risco de arritmias.

🩺 Sistema Renal

  • Necrose tubular aguda e insuficiência renal associadas à acidose severa.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pela combinação dos sintomas clínicos, análise laboratorial (acidose metabólica grave, aumento do ânion gap) e histórico de exposição. O tratamento deve ser imediato e inclui:

  • Antídotos específicos: fomepizol ou etanol, que bloqueiam a metabolização do metanol.
  • Hemodiálise, para remoção rápida do metanol e correção da acidose.
  • Suporte intensivo em unidade de terapia intensiva.

Prevenção e alerta

Casos de intoxicação por metanol continuam sendo registrados no Brasil, geralmente associados a bebidas alcoólicas falsificadas. É fundamental nunca consumir produtos de procedência duvidosa e, diante de sintomas suspeitos após ingestão de álcool, procurar imediatamente um pronto-socorro.


Conclusão

A intoxicação por metanol é rara, mas extremamente grave. O reconhecimento rápido dos sintomas e o início imediato do tratamento são determinantes para reduzir a mortalidade e as sequelas permanentes, como a cegueira.

No Instituto ProGastro, contamos com especialistas preparados para atuar em casos de emergência hepática e intoxicações graves, oferecendo suporte clínico e cirúrgico com foco na preservação da vida e da qualidade funcional do paciente.


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